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O nosso coração «é um berço» aberto à vida ou «objeto de museu», diz papa, que critica «inverno demográfico»

O nosso coração «é um berço» aberto à vida ou «objeto de museu», diz papa, que critica «inverno demográfico»

Imagem ilterriorm/Bigstock.com

A fecundidade e a esterilidade, desde a Bíblia até à vida dos cristãos hoje, constituíram os eixos da homilia que o papa proferiu hoje, na missa a que presidiu, no Vaticano, diante de um berço de presépio à espera da imagem de Jesus recém-nascido.

«Aqui está um berço vazio, podemos vê-lo. Pode ser símbolo de esperança porque verá o Menino, pode ser um objeto de museu, vazio toda a vida. O nosso coração é um berço», afirmou Francisco.

O papa questionou, logo depois: «Como é o meu coração? Está vazio, sempre vazio, mas aberto para receber continuamente vida e dar vida? Para receber e ser fecundo? Ou será um coração conservado como um objeto de museu que nunca esteve aberto à vida e a dar a vida?».

Francisco lembrou «alguns países que escolheram a via da esterilidade e sofrem da doença tão má que é o inverno demográfico»: «Não fazem filhos. ‘Não, antes o bem-estar, antes isto, antes aquilo…’. Países vazios de crianças, e esta não é uma bênção. Mas isto é uma coisa de passagem. A fecundidade é sempre uma bênção de Deus».

«O diabo quer a esterilidade. Quer que cada um de nós não viva para dar vida, seja física seja espiritual, aos outros. Que viva para si mesmo: o egoísmo, a soberba, a vaidade. Engordar a alma sem viver para os outros. O diabo é aquele que faz crescer o joio da discórdia e não nos faz fecundos», declarou.

Depois de lembrar que na cultura bíblica a esterilidade era considerada uma vergonha, o papa recordou o primeiro mandamento dado por Deus ao ser humano: «Enchei a Terra, sede fecundos».

A fecundidade não implica necessariamente o casamento, mas, à semelhança dos padres e pessoas consagradas, é chamada a viver a dar vida aos outros, a ser fértil através das boas obras, apontou o papa.

Mesmo em situações de extrema secura da alma, é Deus que a torna num oásis, como evocam os profetas que escolheram o deserto como símbolo de esterilidade convertida em florescimento, em água, prosseguiu.

«Sugiro-vos que olheis para este berço vazio e digais: “Vem, Senhor, enche o berço, enche o meu coração e impele-me a dar vida, a ser fecundo», concluiu Francisco.

Na mais recente mensagem publicada no Twitter, há cerca de três horas, Francisco convidou: «Vão ao encontro de Jesus, fiquem com Ele na oração, confiem toda a vossa existência ao seu amor misericordioso».



 

SNPC
Fonte: Vatican News
Publicado em 19.12.2017

 

 
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