Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura - Logótipo
secretariado nacional da
pastoral da cultura
Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura - Logótipo
secretariado nacional da
pastoral da cultura

O cristianismo ou causa alegria, ou não é cristianismo, considera papa

Imagem Anjo Gabriel (det.) | Catedral de Reims, França | D.R.

O cristianismo ou causa alegria, ou não é cristianismo, considera papa

«Um cristão é um homem e uma mulher de alegria, um homem e uma mulher com alegria no coração. Não existe um cristão sem alegria», frisou hoje o papa, na missa a que presidiu, no Vaticano.

Aqueles a quem a alegria lhes é estranha «não são cristãos», reiterou Francisco, citado pela Rádio Vaticano, acrescentando: «Dizem sê-lo mas não o são. Falta-lhes qualquer coisa».

«O bilhete de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido eleito por Jesus, salvo por Jesus, regenerado por Jesus; a alegria daquela esperança que Jesus nos antecipa, a alegria que, mesmo nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se exprime de outra maneira, que é a paz na segurança que Jesus nos acompanha, está connosco», afirmou.

«Quando nas nossas paróquias, nas nossas comunidades, nas nossas instituições, encontramos pessoas que se dizem cristãs e querem ser cristãs mas estão tristes, alguma coisa não está bem», acentuou.

Francisco também meditou sobre o trecho do Evangelho proclamado nas missas desta segunda-feira (Marcos 10, 17-27), em que um homem pergunta a Jesus o que é preciso para alcançar a vida eterna, obtendo como resposta a necessidade de dar todo o dinheiro aos pobres, escolha que o entristece e o leva a afastar-se.

Para o papa, o homem rico «não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza»: «Estava amarrado aos bens. Jesus tinha-nos dito que não se podem servir dois senhores: ou serves Deus ou serves as riquezas. As riquezas não são más em si mesmas; o que é mau é servir a riqueza».

«A admiração da alegria, o ser-se salvo de viver amarrado a outras coisas, às mundanidades – as muitas mundanidades que nos afastam de Jesus –, apenas se pode com a força de Deus», assinalou.

A homilia terminou com uma oração: «Peçamos hoje a Deus que nos dê a admiração diante dele, diante das muitas riquezas espirituais que nos deu; e com este espanto nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de viver em paz no coração as muitas dificuldades».

«Que Deus nos proteja de procurar a felicidade em tantas coisas que ao fim nos entristecem: prometem muito mas não nos darão nada. Recordai-vos bem: um cristão é um homem e uma mulher de alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de admiração», concluiu Francisco.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 23.05.2016

 

 
Imagem Anjo Gabriel (det.) | Catedral de Reims, França | D.R.
Relacionados
Destaque
Pastoral da Cultura
Vemos, ouvimos e lemos
Perspetivas
Papa Francisco
Teologia e beleza
Impressão digital
Pedras angulares
Paisagens
Umbrais
Evangelho
Vídeos