Marcelo Rebelo de Sousa considera que «não há nada em que o ser-se cristão diminua o ser-se governante», ou outra atividade, e defende que não se é mais nem menos do que outras pessoas por se ser cristão.
A posição do candidato a Presidente da República foi recolhida na intervenção que proferiu na última quarta-feira, no ciclo de encontros sobre "Deus", organizado pela comunidade da Capela do Rato, em Lisboa.
Na conversa que manteve com a jornalista Maria João Avillez, de que reproduzimos excertos no vídeo abaixo publicado, Marcelo Rebelo de Sousa especificou que ser cristão não limita o exercício do cargo de Presidente da República, caso seja eleito.
Questionado por uma das pessoas presentes na sessão, o ex-comentador afirmou que ser cristão não constitui uma mais-valia na Presidência, embora implique uma responsabilidade acrescida.
O jurisconsulto sustenta que não há qualquer drama no facto de os cristãos serem uma minoria, pelo menos na região de Lisboa, e relata a estranheza de dois jornalistas a quem ofereceu pagelas relativas ao Batismo de dois dos seus netos.
Na conversa, Marcelo Rebelo de Sousa pronunciou-se também sobre aqueles que considera os maiores desafios da Igreja católica em Portugal: a juventude, a comunicação social, a cultura, cujos debates têm passado à margem do mundo católico, e o setor social.
O ciclo de encontros na Capela do Rato prossegue esta quarta-feira, às 21h30, com Maria de Belém, igualmente candidata à Presidência da República.
Rui Jorge Martins