Talvez já vos tenha acontecido participar numa missa celebrada na montanha, ao ar livre. No verão há mais oportunidades, seja pelo maior tempo livre proporcionado pelas férias, seja pelas condições atmosféricas mais favoráveis.
Uma missa na montanha é a síntese das férias perfeitas e regeneradoras. Porque férias não é simplesmente “separar-nos” da vida de todos os dias. Não é fechar os olhos à rotina e ao peso do dia a dia, para depois regressar à “normalidade” e procurar sobreviver para o resto do ano, à espera da próxima pausa.
Se assim fosse, as férias seriam pouco mais do que uma ilusão, mas sobretudo a vida seria verdadeiramente um peso. Pouco atraente.
Nas férias há a distensão. Certo. Há a paragem. Obviamente. Mas é também, e sobretudo, ocasião para repensar em como é belo viver, um pró-memória a ter presente durante todo o ano. Ver e viver alguma coisa de belo, e depois pô-lo a dar fruto.
Uma missa na montanha é exatamente assim. Ali nos encontramos na mais bela catedral que o ser humano pode imaginar, feita de voltas azuis, de cúpulas iluminadas pelo Sol, de colunas de madeira ornadas de verdes capitéis.
Detemo-nos por alguns instantes. Para admirar a beleza, dar graças e encher olhos e coração. Para que no dia seguinte se seja capaz de reconhecer o belo inclusive fora deste contexto, com outras pessoas, noutras situações, e continuar a agradecer tanto esplendor.
Empenhar-se em construir beleza, restaurar aquilo que não funciona. Partilhar com quem está ao lado. Numa palavra: viver. Boas férias!