Tema: Igreja na cidade
«Senhor, que por meio do vosso Filho destes aos vossos fiéis a claridade da vossa luz, santificai este lume novo...» (da Liturgia da Luz).
A Vigília Pascal, centro do ano litúrgico e «mãe de todas as vigílias» (Santo Agostinho), inicia-se no exterior da igreja com a Liturgia da Luz, no acender do Círio Pascal, símbolo de Cristo, a partir do qual todas as velas do Povo de Deus se iluminam, confirmando deste modo o seu desejo de participar da luz de Cristo (Lumen Christi).
Apesar da importância e significado que esta liturgia tem na Vigília Pascal, apenas em raras igrejas é devidamente dignificada e arquitetonicamente valorizada.
Pela colocação diante da igreja da “pedra do fogo”, destinada especificamente ao acender do lume pascal, este gesto que nos chama das trevas para a luz ganha o seu lugar próprio, tão pequeno quanto simples, mas ainda assim grande sinal e testemunho da luz de Cristo.
Este novo lugar litúrgico ganha assim espaço no seu tempo próprio, mas também no restante – comum ou não. E ao permanecer, tal como a pia baptismal que nos recorda o nosso próprio Batismo, a “pedra de fogo” torna presente a noite das noites que ilumina os nossos dias.
Igreja de S. Carlos Borromeu, Munique, Alemanha | Herbert Groethuysen, 1962 | Fotografia: JNM (2009) | D.R.
Igreja de S. Miguel, Baden, Suíça | Hermann Baur, 1964 | Fotografia: João Luís Marques (2012) | D.R.
Igreja de S. Miguel, Baden, Suíça | Hermann Baur, 1964 | Fotografia: João Luís Marques (2012) | D.R.
Arq.º João Alves da Cunha