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Música: João Só, "Até que a morte nos separe"

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Música: João Só, "Até que a morte nos separe"

«Não é bom que o homem esteja só», «Forte é a aliança/ que vence as tempestades/ e ainda dança»: estes são alguns dos versos de "Até que a morte nos separe", o mais recente CD de João Só.

«Este último disco reflete um pouco o meu estado de espírito nos últimos tempos. Comecei a escrevê-lo a partir do momento que percebi que queria casar», explicou o cantor e compositor em entrevista ao programa "Princípio e fim", da Renascença.

É verdade que no princípio já havia duas canções, mas João Só ainda não sabia o caminho que o disco - e a sua vida - haveriam de seguir. Com o beneplácito da editora, a partir da preparação para o casamento, 11 meses de noivado, os poemas passaram a ter um novo sentido.

O projeto original era lançar o CD logo após o casamento, em setembro, como uma «surpresa», mas o disco acabou por chegar às lojas em maio, com temas que já refletiam a nova condição de João Só. Já agora, para que conste: «Estar casado é muito melhor do que esperávamos».

"Até que a morte nos separe", expressão pela qual tem especial apreço, é uma música que «fala de nós e de laços», tendo sido a primeira que escreveu depois do nó com a Mafalda, católica como ele. E será possível assumi-la até ao fim? «O amor é possível ser para sempre, mas tem de ser trabalhado», sublinha.

«O casamento só tem importância para mim enquanto sacramento», declara João Só, que o vê como «um passo óbvio» no seguimento do percurso cristão, até ao Crisma. «Não fazia sentido de outra maneira.»

Uma das imagens mais fortes que guarda é a do ex-Beatle Paul McCartney com os filhos, e respetivos professores, que fazia questão de levar durante as digressões para os concertos.

Com um tio-avô padre, António Vaz Pinto, João Só teve «uma educação católica desde sempre», primeiro em Coimbra, onde viveu até aos nove anos, e depois em Lisboa.

Participou em campos de férias para crianças, animados pelos Jesuítas, e aos 18 anos passou a ser monitor, continuando a oferecer-se para este serviço após o casamento, juntamente com a mulher, que já o acompanhava quando namoravam.

O "efeito Bergoglio" não deixou indiferente João Só, que dele propõe a imagem de um líder de banda musical, «um bom "front man"» dos católicos: «Reconheço muito a importância do papa Francisco e gosto de sentir a Igreja a mexer».

Sobre o sínodo dos bispos dedicado à família, que começa este domingo, no Vaticano, e se prolonga até 25 de outubro, João Só está otimista: «O que quer que seja, a Igreja sempre conseguiu lidar bem com as mudanças».

Para João Só, assumir a fé «não é um impedimento» para o sucesso e para a criatividade, como demonstram a banda U2 e Bruce Springsteen: «É possível ser católico e ser músico, é possível ser católico e o que quer que seja», «é possível lutar por aquilo em que se acredita com fé».

E acrescenta: «Nunca escondi que sou católico. Tenho conversas interessantíssimas com amigos meus que não são católicos; por exemplo, fiz um programa de televisão com o Nuno Markl durante um ano e falávamos muito disso». O mesmo pode dizer de amigos protestantes no meio artístico.

«As minhas canções nos outros discos refletem um pouco o eu ter fé e esperança, que não são vãs, mas que existem por ser católico. Faz parte da minha carreira. Não foi agora, ao quarto disco, que eu assumi que sou católico e fiz um disco sobre o casamento», assinala.


 

Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 02.10.2015 | Atualizado em 23.04.2023

 

 

 
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"Até que a morte nos separe", expressão pela qual tem especial apreço, é uma música que «fala de nós e de laços», tendo sido a primeira que escreveu depois do nó com a Mafalda, católica como ele. E será possível assumi-la até ao fim? «O amor é possível ser para sempre, mas tem de ser trabalhado»
«As minhas canções nos outros discos refletem um pouco o eu ter fé e esperança, que não são vãs, mas que existem por ser católico. Faz parte da minha carreira. Não foi agora, ao quarto disco, que eu assumi que sou católico e fiz um disco sobre o casamento»
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