O bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, considera que a Igreja constituiu sempre um espaço de portas abertas para o culto e para a cultura, convicção que o prelado expressou durante a apresentação do livro "O Porto e as igrejas”.
A edição constitui «um desafio para abrir as igrejas, devolver o seu património e assumir a sua missão», além de valorizar a colaboração entre a sociedade e a Igreja, que ajuda a defender os valores humanos e a valorizar a identidade espiritual e cultural, sublinhou D. António Francisco dos Santos, citado pelo semanário diocesano "Voz Portucalense".
Redigido em português e inglês, o volume coordenado por Rui Nunes, lançado a 1 de dezembro, foi publicado pelo Município, em parceria com a diocese do Porto, numa colaboração com as Vigararias Nascente e Poente e dos 26 párocos que são coautores da obra.
“O Porto e as Igrejas”, que pretende ser um roteiro cultural, mas também pedagógico, turístico e didático, histórico e pastoral, será o centro de uma exposição no átrio e galerias dos Paços do Concelho entre 14 e 23 de dezembro e 4 e 30 de janeiro de 2016. O livro ainda não está à venda.
As igrejas do Porto exibem estilos que começam no românico, como a de Cedofeita ou os vestígios mais antigos da sé, passando pelo gótico, como a catedral e as igrejas de S. Francisco e de Santa Clara, continuando no renascimento; mas é no período do maneirismo e barroco que se encontram os mais notáveis exemplares na cidade.
O período romântico deixou igualmente exemplares (como a igreja do Bonfim, em final do séc. XIX), encontrando-se também na arquitetura do século XX notáveis realizações arquitetónicas que marcam muitos espaços da urbe.
O presidente da autarquia, Rui Moreira, acentuou que importa considerar que as raízes do passado se projetam no futuro, e realçou a necessidade de respeitar as diferenças e desenvolver o sentido da tolerância.
Voz Portucalense