Educação
Há mais alunos nas escolas católicas a nível mundial mas variação na Europa é negativa
Entre 2008 e 2011 a quantidade de escolas católicas no mundo cresceu 3%, enquanto que o número de estudantes nestes estabelecimentos aumentou 5%, mas estas variações são negativas na Europa, revelou o Vaticano esta quinta-feira.
Em 2008 estavam registadas nos serviços da Santa Sé 203.397 escolas católicas, enquanto que em 2011 esse número subiu para 209.670, mas na Europa e na Ásia assistiu-se a um decréscimo.
No Velho Continente havia 51.065 escolas em 2008 e 49.876 em 2011, ou seja, uma perda de 1189 instituições.
Esta quebra refletiu-se também no número de estudantes, que em igual período passaram de 8.645.932 para 8.468.014, o que corresponde a quase menos 178 mil alunos.
O aumento mais significativo no número de escolas teve lugar em África (mais 4695, num total em 2011 de 62.082) e na América (mais 2963, num total de 49.423), embora neste continente o crescimento não tenha sido acompanhado pelo aumento de alunos, que são menos 1.845.291 face a 2008.
Os números foram revelados na conferência de imprensa de apresentação do documento “Educar para o diálogo intercultural na Escola Católica. Viver juntos para uma civilização do amor”, da Congregação para a Educação Católica, organismo do Vaticano.
«A palavra chave que liga em conjunto todos os aspectos abordados no documento é “diálogo”, no seguimento das indicações dadas pelo papa Francisco», vincou o responsável da congregação, o cardeal polaco Zenon Grocholewski.
«As escolas católicas, que sempre procuram conjugar a tarefa educacional com o anúncio explícito do Evangelho, constituem uma contribuição muito válida para a evangelização da cultura, mesmo em países e cidades onde uma situação adversa nos incentiva a usar a nossa criatividade para se encontrar os caminhos adequados», sublinhou o papa Francisco na sua primeira exortação apostólica, “A alegria do Evangelho”.
Para o cardeal Grocholewski, «o relevante fenómeno das migrações globalizou a realidade do multiculturalismo e da multirreligiosidade, com a consequente necessidade de uma adequada educação intercultural. Em tal contexto, a escola católica é chamada a fornecer às jovens gerações os elementos necessários para desenvolver uma visão intercultural do viver juntos».
Rui Jorge Martins
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19.12.13