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Estudo

Futuro do cristianismo está nas origens, diz sociólogo português

O sociólogo José Pereira Coutinho, autor de um estudo que envolveu 500 alunos de quatro universidades públicas de Lisboa, considera que o cristianismo tende para a realidade que caracterizou as suas origens, com uma minoria de fiéis convictos mas minoritários.

«Ainda que continuem a existir pessoas que se dizem católicas por tradição, a maior parte só será por convicção», enquanto que ateus e agnósticos serão uma fatia «cada vez maior» e as minorias religiosas tendam a crescer devido à imigração, afirmou o investigador em declarações que o jornal “Público” revelou esta quarta-feira.

João Pereira Coutinho sublinha que a sociedade respira um «ambiente que não desenvolve o valor da paciência e da introspeção, muito importantes para desenvolver a religiosidade», fator a que se acrescenta a «erosão gradual da família tradicional» e do «casamento religioso», a par do «aumento do divórcio e das uniões de facto».

Por outro lado, o facto de «a mulher estar cada vez mais integrada no mercado de trabalho» e de o processo de socialização se transferir mais para a escola, amigos e internet também não aproxima os jovens da religião, diz.

«Deus não existe» e «Não sei se existe mas não tenho motivos para crer», respostas reproduzidas por ateus e agnósticos, representam 28% dos jovens universitários portugueses, segundo os resultados do estudo.

Mesmo que o número de pessoas para quem a religião é muito importante continue a ser «significativo», «a percentagem de não religiosos entre os universitários é maior do que no resto da população», concluiu.

A tendência europeia não anda longe destes resultados e, por isso, José Pereira Coutinho não ficou surpreendido com o facto de os universitários se mostrarem pouco crentes.

Um dos dados de que não estava à espera foi a percentagem (13%) de jovens que responderam que Deus «correspondia à própria natureza». Não será por acaso que o Budismo é uma das religiões ou doutrinas mais admiradas (46%), ficando o Catolicismo em primeiro lugar (52%).

Em matéria de religião não são os opostos que se atraem: as sociabilidades são feitas junto dos pares de convicções religiosas, ou seja, os jovens religiosos tendem a dar-se com os religiosos e os não crentes com os não crentes.

Um dos dados mais curiosos da tese sociológica prende-se com a distribuição de religiosidade de acordo com os cursos frequentados: «Os estudantes de Medicina e os de Engenharia são os mais católicos e os de Biologia, Ciências Sociais são os menos católicos».

O «aborto» é o parâmetro com menos aceitação, sendo o mais bem aceite a utilização de contracetivos. E são as mulheres as mais religiosas.

 

Mariana Correia Pinto (Público) / Rui Jorge Martins (SNPC)
© SNPC | 25.07.12

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