O «imenso itinerário, desenhado com raiz na zoologia, na botânica e na genética», configurado depois «na teologia, na filosofia, na ética e na estética», fizeram dos 118 anos da revista “Brotéria” «um vastíssimo arquivo documental, um património coletivo e um legado de memória partilhada» que é evocado na exposição “Todas as coisas”.
A mostra, patente na galeria do novo espaço Brotéria, em Lisboa, inaugurado esta quinta-feira, apresenta alguns dos materiais da antiga biblioteca da publicação da Companhia de Jesus – que transitou de revista de ciências naturais para a cultura contemporânea –, exibindo igualmente uma amostra do seu património gráfico e das heranças dos fundadores.
«Fomos ao reencontro das coleções científicas exiladas e transmigradas nas vicissitudes da História do país. Em 1908, os jesuítas portugueses tinham reunido as suas coleções no Museu de História Natural do Colégio de Campolide. Dois anos depois, a 5 de outubro, o colégio foi bombardeado e invadido por militares numa pesquisa infrutífera por armas de fogo e material explosivo», recorda o texto de apoio à exposição.
O que os republicamos encontraram na rusga foram «coleções de grande importância científica», parte das quais se conseguiram salvar, e que foram reencontradas no núcleo museológico do Instituto Nun’Álvares, em Santo Tirso.
«A riqueza das recolhas científicas dos jesuítas responsáveis pela fundação da revista “Brotéria” está nos incontáveis álbum, herbários, caixas, envelopes e gavetas com espécimes meticulosamente classificados e etiquetados que iam sendo revelados à medida do nosso fascínio», assinalam os galeristas.
Exposição "Todas as coisas"
Exposição "Todas as coisas"
Exposição "Todas as coisas"
Exposição "Todas as coisas"
Exposição "Todas as coisas"
Exposição "Todas as coisas"
Exposição "Todas as coisas"