O treinador de râguebi Tomaz Morais afirmou hoje que a «educação cristã é uma raiz de força» e lembrou que na sua infância «complicada», «quando ia à missa ao domingo, ia com a bola».
«O jogo foi a razão da minha existência enquanto miúdo» e continua a ser «uma grande paixão», declarou na conferência de abertura da 14.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que em Fátima debate o tema “Desporto – Virtudes e riscos”.
A intervenção do comentador desportivo começou com uma viagem à infância e às dificuldades por que passou - «tinha cinco anos e já fazia croquetes e enrolava empadas» -, tendo acentuado que os seus pais «não desistiram da educação cristã» e recordou a sua participação nos escuteiros e na Igreja.
Tomaz Morais lembrou que «aos sete anos era federado como guarda-redes» e aos oito estava também federado como jogador de râguebi», tendo frisado que «o adversário não é mais que um amigo que joga do outro lado».
«A mesma bola que cria amigos» é a «mesma que cria o pior da vida, que são os inimigos», destacou, acrescentando: «O que mais me orgulho enquanto pessoa é ter amigos de várias proveniência (…) e isso foi feito com a bola».
O desportista evocou o P. Ricardo Neves, já falecido, durante uma peregrinação que fez com ele a Fátima, onde, entre outros assuntos, conversou sobre o que significa «chegar primeiro».
«Aprendi com o P. Ricardo que ser primeiro é muito mais do que ser campeões; ser primeiro é termos um coração aberto, um coração que não foge às responsabilidades e um coração que sabe perder».