/head
O papa pediu hoje aos agentes e responsáveis da polícia italiana encarregada da proteção do papa e da praça de S. Pedro, no Vaticano, que salvaguardem as origens civilizacionais do país.
«Vós protegeis a praça, protegeis as minhas viagens, protegeis muitas coisas, mas pedir-vos-ei um favor: esforçai-vos também por proteger as raízes culturais da cidade, da pátria da cultura».
Para Francisco, a civilização em que os europeus vivem corre o «perigo de se tornar desenraizada», sabendo todos que «sem raízes não se cresce», até porque «o que a árvore tem de florescimento, vem daquilo que tem de soterrado».
«Proteger as raízes, porque as raízes são o que nos dá identidade. A nossa identidade é a de hoje, mas vem das raízes, e será transmitida aos nossos filhos, aos nossos netos, mas sempre a partir das raízes», vincou.
Uma das atitudes fundamentais desta força policial é a «proximidade»: «Graças ao vosso precioso trabalho de vigilância e manutenção da ordem pública, os peregrinos e os turistas – cada qual com a sua história – que de cada parte do mundo chegam à basílica de S. Pedro são facilitados na sua visita».
«Exorto-vos a perseverar e procurar o melhor no vosso estilo de trabalho, esforçando-vos por acolher todos com muita paciência e compreensão, mesmo naqueles momentos em que se faz sentir a exaustão ou o peso de situações desagradáveis», acrescentou.
Francisco recordou que o serviço diário dos agentes é «controlar dia e noite a praça de S. Pedro e as propriedades vaticanas»: «Estais no vosso posto com qualquer condição climática, favorável ou adversa».
«Quando penso na vossa disponibilidade e no vosso espírito de sacrifício, daí extraio admiração e edificação, e também um pouco de vergonha quando penso em muitas pessoas que se dizem cristãs e que não estão à altura do vosso exemplo», declarou.