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Leitura: "Dia a dia com Francisco e Jacinta de Fátima"

Leitura: "Dia a dia com Francisco e Jacinta de Fátima"

Imagem Capa | D.R.

Até Maria ter dirigido a palavra às crianças que na Cova da Iria «guardavam cordeiros», elas «brincavam». «A partir daí, não quiseram senão o que Deus quer: a salvação de todos, que cada entrega adianta, continuando a de Cristo, como Maria o fez».

São palavras do cardeal-patriarca de Lisboa no pórtico do novo livro "Dia a dia com Francisco e Jacinta de Fátima", de Jean-François de Louvencourt, recentemente lançado pela Paulinas Editora.

«A Páscoa de Cristo é a lei da vida. E tudo há cem anos o recordou em Fátima. Os Pastorinhos aprenderam-no, e assim nos ensinam, hoje como então. Aprendamos, porque o mundo espera», conclui D. Manuel Clemente no prefácio da obra que propõe uma meditação por cada dia do ano.

 

In "Dia a dia com Francisco e Jacinta de Fátima"
Jean-François de Louvencourt

13 de março - Uma eleição sob o desígnio de Fátima

É no dia 13 de março de 2013 que o cardeal Bergoglio é eleito Papa e toma o nome de Francisco, em honra de Francisco de Assis, o santo dos pobres e da paz. Portanto, um dia 13, em 2013. Simples coincidência?

Existe um outro Francisco, criança pobre e grande amigo da paz, que também toma o seu nome do santo de Assis: o nosso pastorinho. Os seus restos mortais foram solenemente transferidos para a Basílica de Fátima, precisamente num 13 de março (de 1952). Nova coincidência ou desígnio da Providência?

Sim, e o mesmo desígnio é confirmado logo a 17 de março, no dia do primeiro Angelus do papa Francisco, na Praça de São Pedro, em que fala explicitamente de Fátima: «Lembro-me de que tinha sido feito bispo há pouco, quando, no ano de 1992, chegou a Buenos Aires a imagem de Nossa Senhora de Fátima e se organizou uma grande Missa para os doentes [que ele mesmo celebrou].» Importa acrescentar que a Virgem Peregrina de Fátima voltou a Buenos Aires em 1998, e foi D. Bergoglio quem a acolheu de novo.

Sete dias depois da sua eleição papal, D. António Marto envia-lhe a seguinte mensagem: «Bispo e peregrinos da Diocese de Leiria-Fátima queremos exprimir-lhe a nossa profunda comunhão eclesial e o nosso caloroso afeto [...] e, ainda, que o Santuário espera, com emoção, poder recebê-lo um dia como peregrino.»



«Esta renúncia a nós mesmos é, talvez, o sacrifício mais difícil para a pobre natureza humana, mas é também o mais agradável a Deus e meritório para nós». Os nossos pastorinhos faziam frequentemente sacrifícios deste género. Mas sempre de forma espontânea e com toda a discrição



14 de março - Um pontificado consagrado a Nossa Senhora

Eleito Papa na tarde de 13 de março de 2013, logo na manhã seguinte, pelas 8 horas, o Santo Padre desloca-se à Basílica de Santa Maria Maior, o mais importante santuário mariano do Ocidente, para aí venerar Nossa Senhora. É este o seu primeiro gesto como Papa, gesto tanto mais significativo quanto, de seguida, pede ao cardeal-patriarca de Lisboa para consagrar o seu pontificado a Nossa Senhora, precisamente a Nossa Senhora de Fátima. E pede inclusivamente, por duas vezes, reforçando até que ponto leva isso a peito. Foi quando se tomou a decisão de fazer esta consagração no dia 13 de maio seguinte, em Fátima. Com efeito, durante o 96.º aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora, na Cova da Iria, e sob um sol radioso, o cardeal Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, que preside à celebração desse dia, na sua homilia, anuncia que no final da Eucaristia será proferido «um ato duma grande importância para a Santa Igreja»: a consagração do novo pontificado à Virgem de Fátima. É o cardeal D. José Policarpo, patriarca de Lisboa, quem faz solenemente esta consagração. Pouco depois, o Santo Padre envia ao patriarca uma mensagem em que exprime o seu profundo reconhecimento por este ato eclesial e, de todo o coração, concede aos peregrinos de Fátima a sua bênção apostólica.

 

15 de março - Esta água-mel que é tão boa!

«Um dia – conta a Lúcia –, passávamos em frente da casa da minha madrinha de batismo. Ela acabava de fazer a água-mel e chamou-nos para nos dar um copo dela. Entrámos, e o Francisco foi o primeiro a quem ela deu o copo de água-mel. Pega nele e, sem beber, passa-o à Jacinta, para que beba primeiro, comigo; e, entretanto, numa meia-volta, desapareceu.

– Onde está o Francisco? – pergunta a minha madrinha.
– Não sei; não sei. Ainda agora aqui estava!

Não apareceu. E a Jacinta, comigo, agradecendo a dádiva, lá fomos ter com ele, onde não duvidámos um instante que estaria, sentado na beira do poço já tantas vezes mencionado.

– Francisco, tu não bebeste a água-mel! A madrinha chamou tantas vezes por ti, mas não apareceste!
– Quando peguei no copo, lembrei-me de repente de fazer aquele sacrifício para consolar a Nosso Senhor e, enquanto vocês bebiam, fugi para aqui».

Como reconhece a Lúcia, «esta renúncia a nós mesmos é, talvez, o sacrifício mais difícil para a pobre natureza humana, mas é também o mais agradável a Deus e meritório para nós». Os nossos pastorinhos faziam frequentemente sacrifícios deste género. Mas sempre de forma espontânea e com toda a discrição.



Quando o amor é grande, diz-se justamente, não se pode suportar que o amado tenha sido vilipendiado e frustrado. A indiferença seria a negação do amor. A alegria do amado é norma de vida para o amante. A reparação, tal como se apresenta na mensagem de Fátima, inclui os valores fundamentais da vida cristã, particularmente visíveis na vida dos Pastorinhos



18 de março - A reparação não é opcional,é uma exigência de amor

Se existe hoje em dia uma «alergia» à noção de reparação, como explica o teólogo Stefano De Fiores, é porque ela está muitas vezes associada à supressão das deficiências ou dos pecados dos outros, e aquele que repara sente-se vítima do amor pela salvação dos outros. Esta é uma escolha seguramente nobre. Mas, na realidade, a reparação não é opcional, porque é parte integrante das exigências de amor. Quando o amor é grande, diz-se justamente, não se pode suportar que o amado tenha sido vilipendiado e frustrado. A indiferença seria a negação do amor. A alegria do amado é norma de vida para o amante. A reparação, tal como se apresenta na mensagem de Fátima, inclui os valores fundamentais da vida cristã, particularmente visíveis na vida dos Pastorinhos. Na reparação, tal como eles a viveram – e que consiste, antes de mais, na aceitação e entrega das dificuldades quotidianas e das aflições da vida –, o essencial exprime-se na proposição «por», que indica como que uma saída de si próprio para identificar-se com o outro, num contexto de solidariedade e de subsidiariedade, pedidas e animadas pelo amor.

 

19 de março - O resplendor de São José

É a 19 de agosto de 1917 que Nossa Senhora anuncia aos Pastorinhos que, em outubro, verão «São José com o Menino Jesus a abençoar o mundo». Esta presença é confirmada, em seguida, a 13 de setembro: «Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus para abençoarem o mundo». Com efeito, a 13 de outubro, os Pastorinhos veem São José, de acordo com o testemunho da Lúcia durante um interrogatório oficial: «Olhei para o Sol e vi São José, a meio corpo, vestido de branco, com o Menino Jesus assentado no braço esquerdo. São José estava à esquerda do Sol e abençoava o povo com a mão direita. Parece-me que fez três ou quatro cruzes sobre o povo. O Menino Jesus, viu-o a todo o corpo, vestido de encarnado». No decorrer de um outro interrogatório oficial, realizado pelos membros da comissão canónica, a Lúcia dará esta precisão particularmente reveladora da incomparável grandiosidade daquele que os Pastorinhos tanto admiravam no Céu: «O resplendor de São José era tão grande que não nos deixava ver à vontade». Tal como Nossa Senhora, o próprio São José está todo ele igualmente envolto na mais pura luminosidade espiritual.



«Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.»



12 de maio - A vigília de 12 para 13 de maio: um mar de luz

Todos os anos, a noite de 12 para 13 de maio é uma das mais belas do Santuário de Fátima. São noites de oração, procissão das velas, recitação do rosário, Eucaristia solene e adoração prolongada. Entre estas noites, é impossível não recordar as mais marcantes, as de 12 para 13 maio de 1982, 1991 e 2000, passadas na presença de São João Paulo II. Por exemplo, a 12 de maio de 1991, depois da procissão das velas, pouco antes da meia-noite, o Papa escolheu esse momento para se dirigir à basílica e rezar junto dos túmulos da Jacinta e do Francisco. Outra noite marcante foi a de 12 para 13 de maio de 2010. Na altura da bênção das velas, Bento XVI dirige-se aos 500 000 peregrinos que vieram rezar com ele: «Todos juntos, com a vela acesa na mão, lembrais um mar de luz à volta desta singela capelinha, amorosamente erguida em honra da Mãe de Deus e nossa Mãe, cujo caminho da terra ao céu foi visto pelos Pastorinhos como um rasto de luz. [...] Sinto que me acompanham a devoção e o afeto dos fiéis aqui reunidos e do mundo inteiro. Trago comigo as preocupações e as esperanças deste nosso tempo e as dores da humanidade ferida, os problemas do mundo, e venho colocá-los aos pés da Virgem de Fátima.»

 

13 de maio - Quem é esta que surge, brilhante como o Sol?

«No dia 13 de maio de 1917 – relata a Lúcia nas suas Memórias –, andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.

– É melhor irmos embora para casa – disse aos meus primos – que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.
– Pois sim!

E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar, mais ou menos, a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Parámos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que a cercava ou que ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos».

Tal como no Cântico dos Cânticos, assim também os Pastorinhos poderiam ter exclamado: «Quem é esta que surge como a aurora, bela como a Lua, brilhante como o Sol?». Mas deixemos que a Lúcia nos conte o resto do acontecimento, o mais extraordinário de toda a sua vida:

«Então Nossa Senhora disse-nos:

– Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
– De onde é Vossemecê? – perguntei-lhe.
– Sou do Céu.
– E que é que Vossemecê me quer?
– Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
– E eu também vou para o Céu?
– Sim, vais.
– E a Jacinta?
– Também.
– E o Francisco?
– Também, mas tem de rezar muitos terços.



Conforme teve oportunidade de revelar D. António Marto, o Papa, na véspera, no final da procissão das velas, deixou estoutra forte exclamação: «Como Fátima, não existe em toda a Igreja católica no mundo.» O bispo fica tão estupefacto com esta declaração, que não sabe o que dizer, a não ser agradecer ao Santo Padre!



Lembrei-me então de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a [ser] tecedeiras com minha irmã mais velha. Perguntei-lhe:

– A Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.

Parece-me que devia ter uns 16 anos.

– E a Amélia?
– Estará no purgatório até ao fim do mundo.

Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos.
– Ides, pois, ter muito de sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

– Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

– Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.

Em seguida, começou-se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que a circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o céu».



«Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas»



25 de maio - Uma confidência de Bento XVI: «Como Fátima, não existe em todo o mundo»

Bento XVI declara aos milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no domingo, dia 9 de maio de 2010: «A meta principal da minha viagem será Fátima, por ocasião do décimo aniversário da beatificação dos dois pastorinhos, Jacinta e Francisco.» Uma vez em Fátima, Bento XVI termina a sua homilia de 13 de maio com estas palavras, cuja força não pode deixar ninguém indiferente: «Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída. O homem pôde espoletar um ciclo de morte e terror, mas não consegue interrompê-lo... Na Sagrada Escritura, é frequente aparecer Deus à procura de justos para salvar a cidade humana, e o mesmo faz aqui, em Fátima, quando Nossa Senhora pergunta: “Quereis oferecer-vos a Deus...?” Veio do Céu a nossa bendita Mãe, para transplantar no coração de quantos se lhe entregam o Amor de Deus que arde no seu.» Conforme teve oportunidade de revelar D. António Marto, o Papa, na véspera, no final da procissão das velas, deixou estoutra forte exclamação: «Como Fátima, não existe em toda a Igreja católica no mundo.» O bispo fica tão estupefacto com esta declaração, que não sabe o que dizer, a não ser agradecer ao Santo Padre!

 

13 de outubro - A sexta aparição de Nossa Senhora

«Saímos de casa bastante cedo – escreve a Lúcia nas suas "Memórias" –, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que poderia acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar, na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimentointerior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.

– Que é que Vossemecê me quer?
– Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
– Eu tinha muitas coisas para lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
– Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.

E tomando um aspeto mais triste:

– Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.

E abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no Sol. Eis o motivo pelo qual exclamei que olhassem para o Sol. O meu fim não era chamar para aí a atenção do povo, pois que nem sequer me dava conta da sua presença. Fi-lo apenas levada por um movimento interior que a isso me impeliu.

Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do Sol, São José com o Menino e Nossa Senhora, vestida de branco, com um manto azul. São José com o Menino pareciam abençoar o mundo, com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora, que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o mundo da mesma forma que São José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo».



 

Edição: SNPC
Publicado em 15.03.2017

 

Título: Dia a dia com Francisco e Jacinta de Fátima
Autor: Jean-François de Louvencourt
Editora: Paulinas
Páginas: 400
Preço: 9,90 €
ISBN: 978-989-673-561-6

 

 
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