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Dez igrejas quase desconhecidas em Portugal que vale a pena descobrir

«Românicas, góticas ou barrocas. Locais de romaria ou humildes capelas. Igrejas-fortaleza ou ermitérios. Têm em comum a originalidade, o ambiente que as rodeia e o que nos ensinam sobre o nosso passado»: é com estas palavras que o jornalista Rui Cardoso abre, no “Expresso deste sábado”, o artigo “Dez igrejas (quase) desconhecidas”.

O roteiro começa por Sanfins de Friestas. com a sua igreja românica, praticamente o único vestígio do mosteiro beneditino autorizado pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. O que «mais impressiona» é a «atmosfera mágica» do local, no Monte de Faro, perto de Valença e do rio Minho, onde ainda são visíveis vestígios dos esforços dos monges para tornar o espaço habitável.

Segue-se a igreja de Bravães, «um dos melhores exemplares do românico português», cuja igreja original remontará ao século XI ou XII, tendo adquirido o aspeto atual na centúria seguinte.

A Senhora da Peneda, no Gerês, testemunha de um culto com 800 anos, pelo qual passavam monges cistercienses, evoca o Bom Jesus de Braga: «O mesmo gosto barroco, a mesma escadaria monumental ladeada pelas capelas da via-sacra».

A «curiosidade da fachada», na primeira igreja contemporânea assinalada neste itinerário (século XX), determina a escolha de Santo António de Mixões da Serra, entre Terras do Bouro e Ponte da Barca.

«Um dos raros exemplares de arquitetura bizantina em Portugal», a igreja de S. Frutuoso de Montélios, nos arredores de Braga, tem como data de construção provável o ano 650. «O interior é preenchido por diversos arcos em ferradura, apoiados em colunas de capitéis ricamente decorados.»

A matriz de S. Martinho de Mouros, perto da estrada entre Lamego e Resende, destaca-se «pelo seu aspeto de fortaleza acastelada», caracterizada por «monumental frontaria».

A igreja de S. Pedro das Águas, próxima de Tabuaço, erguida por monges beneditinos entre os séculos XII e XIII, apresenta «exuberante decoração» em duas das suas portas. «O portal principal (quase encostado às rochas) é ornamentado por uma complexa cruz românica. No interior, apenas iluminado por pequenas frestas, reina a penumbra, propícia ao recolhimento.»

A ermida de Paiva, na aldeia de Pinheiro, é o «vestígio mais significativo de um convento dos monges agostinhos», que terá sido fundado no século XIII. «O adro e a envolvente desta extraordinária igreja, lugar tranquilo e inspirador, servem, também, de miradouro sobre o rio Paiva.»

A Senhora da Lapa «parece um exemplo relativamente comum do barroco rural. O segredo está lá dentro.» Edificado por iniciativa dos jesuítas, este espaço seiscentista «assenta sobre a gruta onde Nossa Senhora terá aparecido a uma pastorinha». No interior, expõe-se «impressionante coleção de ex-votos».

A rota conclui-se na igreja do Espírito Santo, em Ribeira Grande, ilha de S. Miguel, do século XVIII: «É como se o construtor tivesse resolvido juntar duas capelas vizinhas, encostando-as uma à outra. Resulta uma surpreendente fachada convexa e abaulada, com um duplo portal, exuberantemente decorado.»


 

Edição: Rui Jorge Martins
Fonte: Expresso
Publicado em 11.08.2020 | Atualizado em 06.10.2023

 

 
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