O arcebispo de Toledo e primaz de Espanha considera que «a cultura consumista e do espetáculo pode converter a Semana Santa num produto muito atraente no seu invólucro e não conter nada de cristão dentro dele».
A afirmação de D. Braulio Rodríguez, recolhida esta quarta-feira do seu escrito semanal pela agência EuropaPress, retoma a homilia de Domingo de Ramos proferida pelo prelado em 2013, em que também alertava para a influência da "new age" na identidade católica.
No entender do arcebispo corre-se o risco de «destacar apenas uma tradição que é sobretudo o resultado de considerar a fé católica à luz da sociologia cultural religiosa», o que está «muito distante do que a Igreja oferece».
Os cristãos podem ter «o perigo de acreditar» que a Semana Santa é algo que eles preparam, mas na realidade «é o dom que oferece Deus» ao conceder «viver mais um ano a maior manifestação do seu amor que é o mistério pascal, toda a Páscoa».
«O importante dá-nos Deus pelo seu Espírito Santo: viver os mistérios que nos darão vida nova. Terá de preparar-se o melhor possível tudo o que possibilite essa graça fundamental, mas temos de os viver como presente que se nos faz para aproveitar, aprofundar, renovar-se e usufruir no Senhor», sublinha.