A todo o ser humano Deus deu a «companhia» de um anjo para o aconselhar e proteger, um anjo a escutar com docilidade, sublinhou hoje o papa, no Vaticano, durante a missa a que presidiu.
«Cada um de nós tem um», vincou Francisco no dia em que os católicos evocam os santos anjos da guarda, acrescentando: «Está sempre connosco. E esta é uma realidade. É como um embaixador de Deus connosco. E o Senhor aconselha-nos: “Respeitai a sua presença», sublinhou.
«Eis o que diz o Senhor: “Vou enviar um Anjo à tua frente, para que te proteja no caminho e te conduza ao lugar que preparei para ti. Respeita a sua presença e escuta a sua voz; não lhe desobedeças», lê-se na primeira leitura bíblica proclamada nas missas desta sexta-feira.
«Quando nós, por exemplo, fazemos alguma coisa má e pensamos que estamos sós – não, ele está lá. Respeitar a sua presença. Dar ouvidos à sua voz, porque ele nos aconselha. Quando sentimos aquela inspiração – “faz isto… isto é melhor… isto não se deve fazer” –, escuta! Não te rebeles contra ele», afirmou o papa.
O anjo, prosseguiu, é um «amigo» que não se vê mas que se sente, uma presença que deve ser seguida: «O respeito e a escuta a este companheiro de caminho chama-se docilidade. O cristão deve ser dócil ao Espírito Santo. A docilidade ao Espírito Santo começa com esta docilidade aos conselhos deste companheiro de caminho».
Depois de realçar a necessidade da humildade para cultivar a docilidade, Francisco concluiu a homilia com um convite à ação de graças: «Recordemos quão bom é o Senhor, que (…) não nos deixou sós, não nos abandonou».
Rui Jorge Martins