Em 1672, foi determinada a localização de uma igreja de pedra no eixo da Rua de Notre-Dame (Nossa Senhora). Os trabalhos, que se prolongaram durante 10 anos, foram dispendiosos, pelo que não houve meios financeiros para construir o campanário e a fachada.
Todavia, a igreja tornou-se demasiado pequena. Foi após a construção da catedral de S. Tiago (incendiada em 1852), que o pároco e os membros da igreja de Notre-Dame optaram pela sua reconstrução.
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O edificado foi demolido em 1830 e a sua torre, em 1843, mas os traços da igreja antiga são atualmente visíveis no chão.
A comunidade de Notre-Dame formou uma comissão de reconstrução composta por 15 membros, mandatada para captar recursos e selecionar o arquiteto para um projeto que pudesse acolher oito mil fiéis e ser o mais belo do género na América do Norte.
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Para este efeito, escolheram um arquiteto protestante de Nova Iorque, James O’Donnell, que se inspirou no estilo neo-gótico, então florescente na Europa e nos EUA, e que fez a estreia no Canadá. A arquitetura inspirou-se nas duas torres da igreja de Notre-Dame e na igreja de Saint-Sulpice, ambas em Paris.
Apesar das condições meteorológicas que impediram os trabalhos durante o inverno, a construção demorou apenas 35 meses, de 1824 a 1829, entre abril e outubro, embora tenha sido necessária uma década para a instalação dos campanários.
O’Donnell morreu em 1830, depois de se converter ao catolicismo. A sua cripta está sob a basílica.
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A torre ocidental foi completada em 1841, e foi nomeada “A Perseverança”. Desde 1848 que acolhe o sino João Batista, que pesa 10 900 kg e é proveniente de Inglaterra. A torre oriental, denominada “A Temperança”, foi concluída em 1843, albergando um carrilhão de 10 sinos do mesmo fabricante inglês.
Em 1865 a fachada ficou terminada com a instalação de três grandes estátuas de S. José, da Virgem Maria e S. João Batista.
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O interior da igreja não foi completado durante a vida de O’Donnell, o que suscitou muitas críticas, especialmente devido à iluminação. A comissão responsável pela igreja requereu uma revisão dos planos. O interior, concebido sob a direção de Victor Borgeau, arquiteto de Montreal, ficou concluída em 1880.
O papa S. João Paulo II, a 21 de abril de 1982, elevou a igreja ao grau de basílica menor, reconhecendo o significado religioso, histórico e artístico do projeto, considerado uma das joias do Quebeque, que atrai quase um milhão de visitantes por ano.
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