Documentário
Mulheres de Deus
A RTP-2 estreou em novembro, o documentário "Mulheres de Deus", centrado na vida de quatro irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus: Laurinda (62), Paula (42), Sara (29) e Susana (29), duas gerações de mulheres que decidiram abraçar a vida religiosa.
«O que pensam as irmãs do mundo que as rodeia? O que queriam ser quando eram crianças? Terão vivido uma infância comum? Como foi a entrada para a Congregação? Que sonhos tinham? Terão sido cumpridos? Como olham para os doentes mentais que personalizam o seu carisma? Como vivem a vida religiosa no séc. XXI e que histórias têm para nos contar?»
«Eu já conhecia as irmãs e a forma como tratavam os seus doentes, e sempre achei que essa ação devia ser mostrada ao público, reconhecendo o trabalho enorme destas mulheres fantásticas», revelou a autora, Inês Leitão, em declarações ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
«Eu e a minha irmã [Daniela Leitão], que faz televisão, fomos maturando esta ideia e a RTP aceitou o desafio», acrescentou.
O filme, rodado na Casa de Saúde Mental da Idanha (Sintra), pretende «revelar a vida religiosa feminina, mostrando, por exemplo, o que é que faz uma mulher de 30 anos com um curso superior juntar-se a uma congregação, e o que é que as faz permanecerem na sua comunidade».
«As mulheres de Deus» também retrata «o mundo da doença mental e da deficiência, numa sociedade em que as pessoas querem ser bonitas e não envelhecer. As irmãs abraçam com amor esses doentes, e é essa forma de estar na vida que era importante mostrar».
Inês Leitão, de 31 anos, é voluntária da Juventude Hospitaleira desde 2000, e foi neste âmbito que teve a oportunidade de se colocar ao serviço da congregação em Moçambique.
«Fui para Maputo durante seis meses, que foram os melhores da minha vida, com muito trabalho, mas também com a oportunidade de testemunhar uma realidade de entreajuda e solidariedade, um amor de verdade», referiu.
Irmã Laurinda, Inês Leitão, Daniela Leitão
«Se há alguém que trabalha para um mundo melhor são estas comunidades», sublinhou a autora, que continua a ser voluntária, agora com um clube de leitura para doentes mentais, e que espera nunca deixar de estar ligada às irmãs Hospitaleiras.
Apresentamos agora o documentário integral.
Rui Jorge Martins
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08.12.12. Atualizado em 08.12.2012