«É muito triste ouvir as notícias da trágica morte de # KobeBryant esta manhã. Rezo por ele e pela sua família. Que ele descanse em paz e que a nossa Santíssima Mãe Maria leve conforto aos seus entes queridos»: foi com estas palavras no Twitter que o arcebispo de Los Angeles, D. José Gomez, comentou a morte do basquetebolista norte-americano, este domingo, na sequência de um desastre no helicóptero onde viajava.
Um dos bispos auxiliares da arquidiocese californiana, D. Robert Barron, também expressou as condolências na mesma rede social: «Rezamos pelo repouso da sua alma, juntamente com os outros que morreram no choque de helicóptero. Que o Senhor lhes conceda a sua misericórdia e os acolha no seu reino celestial».
De acordo com a imprensa dos EUA, com o atleta de 41 anos viajavam oito pessoas, entre as quais a filha de 13 anos, que não sobreviveram ao embate do aparelho no solo, que ocorreu em Los Angeles pelas 10h00 locais (18h00 em Portugal continental).
Considerado um dos melhores atletas da modalidade do seu tempo, Bryant participou no seu último jogo em abril de 2016, encerrando uma carreira de duas décadas nos Los Angeles Lakers, onde venceu cinco campeonatos nacionais e foi 18 vezes selecionado para a equipa All Star.
So very sad to hear the news of #KobeBryant’s tragic death this morning. I am praying for him and his family. May he rest in peace and may our Blessed Mother Mary bring comfort to his loved ones. #KobeBryantRIP pic.twitter.com/QYMRL7RvCL
— Abp. José H. Gomez (@ArchbishopGomez) January 26, 2020
Bryant era o mais novo de três filhos, criado por pais católicos em Filadélfia e, mais tarde, em Rieti, Itália. Casou-se com Vanessa Laine na igreja católica de St. Edward, em Dana Point, Califórnia, em 2001.
Dois anos mais tarde, Bryant foi acusado de violar uma mulher, alegação que negou, embora admitindo que se envolveu sexualmente com ela. O caso, resolvido com um acordo que impediu a continuidade do processo judicial, conduziu à separação com a esposa, que em 2011 pediu o divórcio.
Em entrevista publicada em 2015, o atleta recordou como os dois se reconciliaram, na sequência do aconselhamento de um sacerdote católico: «A única coisa que realmente me ajudou durante esse processo - sou católico, cresci católico, os meus filhos são católicos - foi conversar com um padre».
«Ele só disse isto: “Deixa para lá. Segue em frente. Deus não te vai dar nada com que não possas lidar, e agora está nas mãos dele. Isso é algo que tu não podes controlar. Por isso, segue em frente”. E foi este o ponto de viragem», referiu.
O casal continuou casado e, em dezembro de 2016, deu à luz a sua terceira filha, seguida por outra, no verão passado.
A fé católica também ligou Bryant e a família ao apoio aos mais pobres, através de uma fundação com o seu nome e o da esposa, que financiou abrigos para jovens sem-teto e outros projetos de apoio a pessoas pobres.
De acordo com vários relatos, Bryant e a esposa integravam a assembleia de uma paróquia católica do condado de Orange, Califórnia, e após a morte foram publicados testemunhos, nas redes sociais, segundo os quais o atleta foi visto na missa antes da viagem aérea que o levou à morte.