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Arcebispo de Braga consagra capela Imaculada e sublinha que «Igreja ofereceu à Humanidade as mais belas obras de arte»

Imagem Capela Imaculada | Braga | © Arquidiocese de Braga

Arcebispo de Braga consagra capela Imaculada e sublinha que «Igreja ofereceu à Humanidade as mais belas obras de arte»

«Ao longo dos séculos, a Igreja ofereceu à Humanidade as mais belas obras de arte», recordou hoje o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, durante a celebração de dedicação a Deus da capela Imaculada, situada na cidade bracarense.

«Da pintura à escultura, das capelas às catedrais, da literatura à música, o génio cristão inspirou uma plêiade de artistas e marcou indelevelmente o mundo. E tal foi possível porque se deixou iluminar pela Palavra de Deus, farol para os seus passos e luz para os seus caminhos», realçou o prelado na homilia, enviada ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

D. Jorge Ortiga citou as palavras que o papa Francisco dirigiu aos bispos portugueses, aquando da sua visita ao Vaticano, em setembro, quando lhes pediu para não promover «apenas conhecimentos cerebrais, mas um encontro pessoal com Jesus Cristo, vivido em dinâmica vocacional segundo o qual Deus chama e o ser humano responde».

«Ora, uma capela, uma igreja, uma basílica, um santuário, devem ser entendidas fundamentalmente como espaços sagrados onde Deus e o Homem desejam encontrar-se; uma casa que nos reúne, na qual se é atraído por Deus e onde estar com Deus nos une reciprocamente», sublinhou.

O arcebispo evocou também o texto que o arquiteto e escultor norueguês Asbjørn Andresen, membro da equipa da renovação da capela, escreveu no guião da celebração, no excerto em que dizia «sentir um amor profundo pela criação de imagens e figuras ou de figuras que podem servir como estações de esperança e compaixão, êxtase ou milagres, pode com Berger ser um chamamento à inocência do amor, amor à arte».

Há hoje uma pergunta «audaz que poucos artistas e intelectuais arriscaram depois do Iluminismo: "quem me chama? quem nos chama? Ousar a questão tem hoje, em determinados círculos intelectuais e artísticos, tanto de ousado e ridículo quanto Zaqueu subir a uma árvore para ver Jesus», afirmou o prelado, referindo-se à leitura do Evangelho proclamada na Eucaristia.

«Ao passar em frente desta capela, se sentirmos o toque de Deus, o convite, não fechemos e coração e deixemos que Ele faça morada em nós», apelou D. Jorge Ortiga, acrescentando que é «com grande alegria» que a arquidiocese coloca a capela e os espaços restaurados «ao serviço da comunidade cristã e civil».

Com «capacidade para 700 pessoas e versatilidade de resposta a assembleias celebrativas de média, pequena ou grande dimensão», a capela, construída no final da década de 1940, está situada «no coração» de um edifício que alberga quatro organismos - Serviços Centrais, Auditório Vita, Centro Cultural e Pastoral e Seminário Menor -, explica o Departamento de Comunicação da arquidiocese.

A intervenção procurou responder às necessidades do Seminário e às solicitações dos grupos pastorais que o frequentam, e ao mesmo tempo resolver «problemas graves a nível da segurança estrutural e da degradação de materiais».

«O projeto de reconstrução foi inspirado no mistério da Conceição Imaculada de Maria, a quem o Seminário está consagrado. No espaço, a posição do altar e do ambão foi deslocado para uma posição mais central, ficando coberto por uma abóbada de betão suspensa. É rematada no seu final por um volume cilíndrico de madeira onde ficará um oratório para a comunidade do Seminário», refere a arquidiocese.

O projeto foi elaborado pelos arquitetos Cerejeira Fontes (Braga), assessorados pelo Cón. Avelino Amorim, Cón. Joaquim Félix e P. Marc Monteiro, com a colaboração de Asbjorn Andresen e da pintora sueca Lisa Sigfridsson.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 06.12.2015

 

 
Imagem Capela Imaculada | Braga | © Arquidiocese de Braga
«Da pintura à escultura, das capelas às catedrais, da literatura à música, o génio cristão inspirou uma plêiade de artistas e marcou indelevelmente o mundo. E tal foi possível porque se deixou iluminar pela Palavra de Deus»
Há hoje uma pergunta «audaz que poucos artistas e intelectuais arriscaram depois do Iluminismo: "quem me chama? quem nos chama? Ousar a questão tem hoje, em determinados círculos intelectuais e artísticos, tanto de ousado e ridículo quanto Zaqueu subir a uma árvore para ver Jesus»
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