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"Acreditar: em quê e para quê": Crentes e não-crentes conversam sobre razões da fé e «não-fé»

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"Acreditar: em quê e para quê": Crentes e não-crentes conversam sobre razões da fé e «não-fé»

O Bar das Artes da Universidade Católica Portuguesa (UCP), no Porto, recebe esta segunda-feira uma «conversa informal» sobre o tema "Acreditar: em quê e para quê? - Razões da fé e razões da não-fé".

«Esta conversa surge no âmbito de uma iniciativa que organizamos na Universidade, na qual nos reunimos ao final da tarde para conversar sobre questões que nos parecem importantes na nossa vida de todos os dias. E o debate entre crença e não crença, o acreditar e o não acreditar, é uma delas», explicou o capelão ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Para o P. José Pedro da Silva Azevedo, de 43 anos, que modera o debate marcado para as 18h30, «não se trata, absolutamente, de uma apresentação sistemática ou de uma conferência, mas de uma conversa, da partilha de uma experiência de vida a partir do diálogo entre crentes e não crentes».

«Vamos ter a participação de um não crente, muito ligado a ações de voluntariado [Gustavo Carona, médico, 34 anos], de uma pessoa cheia de dúvidas, à procura, à descoberta de um caminho, que se entende naquele limbo entre a crença e a não crença [Paulo Pichel, advogado, 26 anos], e também alguém profundamente crente, que fez a descoberta da fé já tarde, mas com convicção profunda [Joana Mendes, 24 anos]», refere.

A combinar com a conversa, também o espaço onde se realiza «é o mais informal» do polo da Foz da Universidade Católica, com o objetivo de favorecer o aparecimento da «luz» a partir do «confronto entre ideias, para que todos os que assistam possam questionar e também se possam questionar em relação ao seu caminho».

O diretor dos secretariados diocesanos da Pastoral Universitária e da Pastoral da Juventude classifica de «muito importante» o diálogo entre crente e não crentes: «É no confronto com a diferença que ambas as partes se podem identificar e definir melhor».

«Quando dialogamos apenas com aqueles que são parecidos connosco, creio que temos muita dificuldade em perceber quem somos. O diálogo com a diferença ajuda-nos muito a perceber o nosso lugar no seio das nossas opções», acrescenta.

Ao argumento genérico a favor do diálogo entre crentes e não crentes acresce, no caso da iniciativa de hoje, o ambiente em que é organizada: «É muito importante pelo facto de estarmos numa universidade católica, no contexto de universitários que lançam muitas questões, às quais temos de fazer uma proposta, enquanto cristãos».

O nome das conversas informais organizadas pela Pastoral Universitária e a Unidade para o Desenvolvimento Integral da Pessoa, da UCP, "Hora de Cervejar", «recupera o conceito de que as pessoas se podem reunir no fim do trabalho para estarem juntas».

«Há aqui, também, uma dimensão de convivialidade entre todos, de partilha, que pode ser muito interessante do ponto de vista humano, no sentido de que estamos juntos e pertencemos a esta mesma cidade», acentuou o chefe do gabinete episcopal da diocese.

O responsável está convencido de que os «momentos de convívio fraterno ajudam muito a cimentar relações» e a alcançar outros públicos: «Queremos conhecer pessoas, além daquelas que estamos habituadas a ter dentro do âmbito da Igreja, queremos chegar até elas, estarmos e relacionarmo-nos com elas, em particular com as mais jovens, estando atentos ao estilo de vida que se vive na cidade».

O P. José Pedro realça igualmente que «o diálogo tem uma longa tradição na diocese do Porto»: «Da memória que tenho, sempre foi um diálogo muito saudável, franco e aberto, quer em relação à perspetiva não crente, quer com outras Igrejas e crenças».

«É um caminho que pode continuar, com outras formas, e que está inserido no plano pastoral diocesano, não só na Pastoral Universitária, mas noutros níveis. Esta iniciativa é uma confirmação do que já foi feito», assinala.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 23.11.215 | Atualizado em 30.04.2023

 

 
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Ao argumento genérico a favor do diálogo entre crentes e não crentes acresce, no caso da iniciativa de hoje, o ambiente em que é organizada: «É muito importante pelo facto de estarmos numa universidade católica, no contexto de universitários que lançam muitas questões, às quais temos de fazer uma proposta, enquanto cristãos»
«Queremos conhecer pessoas, além daquelas que estamos habituadas a ter dentro do âmbito da Igreja, queremos chegar até elas, estarmos e relacionarmo-nos com elas, em particular com as mais jovens, estando atentos ao estilo de vida que se vive na cidade»
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