Expo Astana | D.R.
O presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, cardeal Peter Turkson, apresenta hoje em Almaty, maior cidade do Cazaquistão, a presença da Santa Sé na Expo Astana 2017, que decorre de 10 de junho a 10 de setembro na capital do país.
“Energia para o bem comum: ‘Cuidando da nossa casa comum’” é a declaração que enquadra a participação do Vaticano nesta exposição especializada, dedicada à energia do futuro.
«É significativo apresentar este documento precisamente no país que acolhe a Expo, um país multiétnico, multirreligioso, cujas administrações públicas são conhecidas por terem instaurado uma tradição de diálogo entre as religiões», salienta o Conselho Justiça e Paz, em texto divulgado pelo blogue “Il sismografo”.
O organismo pontifício realça que a energia «é um dos temas importantes» das encíclicas “Laudato si’”, do papa Francisco, publicada em 2015, e “Caritas in veritate”, do papa emérito Bento XVI (2009), bem como das negociações climáticas no contexto da ONU, no âmbito das quais se realiza esta semana a cimeira de Marraquexe.
Depois da assinatura do protocolo de participação na exposição, a 29 de abril, o cardeal Turkson visitou o Cazaquistão para se encontrar com a Igreja local, com a qual estabeleceu uma estreita colaboração para a participação no evento.
«Trata-se de um grande desafio, mas também de uma oportunidade especial para a Igreja que, naquele vasto país, recolhe uma ínfima percentagem da população», refere o Conselho Justiça e Paz.
A participação da Santa Sé no Cazaquistão, país visitado pelo papa S. João Paulo II em 2001, segue-se às presenças nas exposições de Zaragoza, sobre a água (2008), e Milão, centrada na alimentação (2015).
A redução das emissões de CO2, a eficiência energética e fazer chegar a energia a todos constituem os três subtemas da Expo Astana, para a qual foi reservado um espaço de 25 hectares.
Em setembro 101 países tinham confirmado a participação (Portugal não está incluído na lista), e os organizadores esperam mais de dois milhões de visitantes.