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«Queremos uma sociedade mais justa?»

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«Queremos uma sociedade mais justa?»

«Porque temos uma sociedade tão injusta? Porque devemos procurar uma sociedade mais justa? O que estamos dispostos a fazer para termos uma sociedade mais justa? Qual o lugar da ação pessoal, das organizações e do Estado?»

Estas são as inquietações que o Metanoia - Movimento Católico de Profissionais pretende debater na sessão de estudos "Queremos uma sociedade mais justa? Os cidadãos e o Estado", que decorre a 28 de fevereiro, no Porto.

«Apesar dos princípios consagrados na Constituição da República ou na vasta documentação da “doutrina social da Igreja”, apesar de muitos programas e ações, a sociedade portuguesa continua a ser marcada por profundas e injustas desigualdades. À escala global, milhões de pessoas saem da pobreza – China, Brasil, Índia… - mas as desigualdades persistem e, em muitos casos, agravam-se», sublinha a nota de apresentação.

Ao contrário do desejável, «as sociedades contemporâneas não avançam necessariamente no sentido de uma maior justiça social, como se pode perceber de forma muito expressiva numa fase de ressaca da falência de regimes políticos erigidos em nome da “igualdade”».

Os «sinais de maior polarização nos rendimentos e na forma de vida, nas cidades e na ocupação do território, de aumento dos valores do risco de pobreza, em especial entre as crianças e os adolescentes e, em segundo linha, entre os mais idosos» manifestam que «as desigualdades assumem uma qualidade sistémica, pois os efeitos nos diversos campos são cumulativos – rendimentos, cuidados de saúde, habitação, alimentação, educação, emprego, capital social, etc.».

Numa sociedade em que as desigualdades «adquirem uma natureza estrutural e aparecem aos olhos de muitos como inelutáveis», os convidados vão questionar perspetivas hoje qualificadas de «senso comum»: «O mérito e a meritocracia, diferentes formas de legitimação das desigualdades, a inveja dos “perdedores” e a vitória dos “melhores”».

A iniciativa visa «fazer um ponto de situação da sociedade portuguesa em matéria de justiça social, em vertentes como a distribuição de rendimentos e de oportunidades, os índices de pobreza, as virtualidades e os limites das políticas públicas aplicadas».

"De uma 'economia que mata' a uma economia mais justa (Manuela Silva) e "Justiça social e cidadania - Caminhos para uma sociedade mais justa" (Álvaro Laborinho Lúcio) constituem os temas das conferências, a que se juntam aprofundamentos na Educação (José Soares), Saúde (Suzete Gonçalves) e Trabalho/emprego (Américo Monteiro).

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 03.02.2015 | Atualizado em 17.04.2023

 

 

 
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