O papa afirmou hoje, no Vaticano, que quem «não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã», tento também reiterado a importância das mulheres na Igreja.
As palavras de Francisco basearam-se no excerto do Evangelho proclamado nas missas desta terça-feira, em que os católicos evocam a visita que Maria, grávida de Jesus, fez à sua prima Isabel, com a qual ficou durante três meses para a ajudar na gestação, mais avançada, de João Batista (Lucas 1, 39-56).
Francisco vincou a necessidade de o cristão «sair para servir e sair para encontrar, para abraçar uma outra pessoa», porque também Deus «está no serviço» e «no encontro», refere a Rádio Vaticano.
«[Se] aprendêssemos o serviço e fossemos ao encontro dos outros, [como] mudaria o mundo», sublinhou o papa, acentuando as palavras que marcaram a homilia que proferiu.
Maria, «rapariga de 16 ou 17 anos, não mais», segundo Francisco dirigiu-se «apressadamente» para casa de Isabel, como refere o Evangelho, o que para o papa a torna numa «corajosa», que se «levanta e parte».
«Coragem de mulher. As mulheres corajosas que estão na Igreja: são como Nossa Senhora. Estas mulheres que levam por diante a família, estas mulheres que levam por diante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tantas dores, que curam os doentes», acentuou.
Continuando a referir-se às mulheres, Francisco frisou que «o serviço é sinal cristão»: «Quem não vive para servir, não serve para viver. Serviço na alegria, esta é a atitude que hoje quero sublinhar. Há alegria e também serviço. Sempre para servir».
O excerto do Evangelho proclamado contém o “Magnificat”, uma das mais conhecidas declarações de louvor de toda a Bíblia, em que Maria afirma: «O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador».
«Coisa feia, feia, feia» são «os cristãos tristes»: «Não são plenamente cristãos. Acreditam sê-lo, mas não o são plenamente. Esta é a mensagem cristã», vincou Francisco, na última missa a que presidiu em maio, mês que a tradição católica dedica especialmente a Maria.
Rui Jorge Martins