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Diálogo

Evangelizar deve ser a prioridade da Igreja na relação com a Cultura

O que é mais importante (criar, manter, repensar) na relação da Igreja com a Cultura?

O mais importante na relação da Igreja com a Cultura será sempre Evangelizar.

A condição essencial da Igreja na sua missão de Evangelizar é despertar os corações humanos para o culto, isto é, para a relação com Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por isso, se entende que a finalidade do culto é a glória de Deus, que é a construção da dignidade humana, como construção de cada pessoa, "imagem e semelhança de Deus".

A verdadeira cultura quer manifestar, assim, o homem que se conhece e se dá a conhecer na relação com as coisas, com os outros e com o transcendente. A cultura cristã manifesta a consciência de uma realidade que não se esgota nos limites humanos de cada pessoa. Manifesta a própria vocação humana: ser homem vivo, glória de Deus (como diz Santo Ireneu).

Na sua missão de evangelizar, a Igreja, ao anunciar o Reino de Deus revelado em Jesus Cristo, oferece à humanidade critérios e conteúdos de formação de cultura.

Ora, no contexto das nossas comunidades, no laborioso e extenso conjunto de atividades nelas desenvolvidas diariamente, o que faz a Igreja senão "criar, manter, repensar", num discernimento orante e reflexivo, a sua condição de agente formador da cultura humana?

Há que "criar, manter, repensar" a necessidade de ultrapassar o preconceito de que a Igreja é que está em falta no diálogo cultural. Sobretudo, porque em diversas mentalidades do nosso tempo se reduz a cultura a um certo tipo de erudição artística e intelectual. Como se a sabedoria dos 'pequeninos' não tivesse valor cultural.

Como pode haver um diálogo e uma harmonia cultural sem que os artistas e pensadores se abram a um diálogo sincero com o Evangelho? É só a Igreja, na sua realidade institucional, que está em falta?

Há a dificuldade da Igreja na linguagem do anúncio? Já foi assim em relação a Jesus. Quem não teve dificuldade em compreender a sua linguagem? «Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei»: haverá outra disposição para a Igreja no diálogo cultural e no apontar a realização da vocação humana? Porque, se as artes e os dinamismos artísticos e intelectuais não manifestarem a vocação humana, serão cultura? Se reduzirem a condição humana a uma existência natural e terrena, que cultura criam?

A busca atual da Igreja, numa “Nova Evangelização”, continua a não ser uma proposta proselitista, mas, sim, a contribuição de uma cultura cristã que ajude a construir pessoas capazes de reconhecerem a sua dignidade, não na sua condição natural e egoísta, mas na sua condição de uma humanidade sempre nova, capaz de fazer dom de si, no sacrifício de amor e serviço a Deus e aos irmãos.

 

Cón. Nuno Isidro
Diretor do Departamento de Cultura do Patriarcado de Lisboa
© SNPC | 28.03.12

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John Heseltine / Corbis





















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