«Realçar "a beleza, singularidade, verdade e bondade” presente na Arte Sacra Contemporânea é o principal objetivo da primeira bienal internacional que decorre entre 3 de agosto e 3 de setembro, em Braga, considerada «a primeira» em Portugal.
A I Bienal Internacional de Arte Sacra Contemporânea visa «promover a Arte Sacra, num olhar mais moderno, para que as gerações contemporâneas desmistifiquem esta forma de expressão tão consagrada», lê-se no regulamento da iniciativa, promovida pela Atlas Violeta, Associação Cultural e Apoio Social aos Países de Língua Portuguesa, em parceria com o Museu Pio XII, um dos espaços da mostra, e o município.
O Cón. José Paulo Abreu, diretor do Museu, vê no evento uma oportunidade para «reaproximar a Igreja dos artistas dos dias de hoje»: «Não podemos ficar no passado. Temos de continuar a ser artífices. Continuamos a ter artistas e a fé está aí».
«Agora, é criar as condições para que, assim como no passado, esse matrimónio que trouxe frutos felizes, também, no presente esses frutos possam aparecer», frisou, em declarações à Renascença.
As candidaturas, que encerraram a 31 de maio, abriram-se «a todos os que pretendem demonstrar e partilhar a sua criatividade, respeitando os parâmetros e história da arte sacra», explica a organização.
Serão admitidos 50 artistas - em meados de maio havia mais de 130 pré-inscrições -, avaliados por um júri que determinará os primeiros três classificados, refere a Atlas Violeta, acrescentando que a atribuição dos prémios terá lugar no Theatro Circo, a 31 de agosto.
O presidente da autarquia, Ricardo Rio, salientou que «Braga, além de ser uma cidade de fé, é uma cidade de cultura onde a criatividade ganha nova projeção», o que é sintetizado pela bienal, «que promove uma nova forma de expressão artística e uma nova dinâmica cultural»
«O evento dá a conhecer a obra de um vasto leque de artistas nacionais e internacionais, que colocam a sua arte e imaginação ao serviço do fenómeno religioso», assinala a página do município.