Luíza Andaluz | D.R.
O papa aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” da Serva de Deus Luiza Andaluz, fundadora da congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, anuncia hoje a Sala de Imprensa da Santa Sé.
O decreto foi publicado após a audiência que Francisco concedeu, esta segunda-feira, ao responsável máximo (prefeito) da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato.
Luiza Andaluz nasceu a 12 de fevereiro de 1877 em Santarém, tendo falecido a 20 de agosto de 1973, aos 96 anos, em Lisboa.
Aos 14 anos, Luiza Andaluz recebe do cardeal D. José Neto, patriarca de Lisboa, a missão de auxiliar as Irmãs Capuchas, em Santarém, na abertura e organização de uma escola, para ensinar crianças pobres e tornar as religiosas mais próximas da população, recordam as Servas de Nossa Senhora de Fátima.
Após a implantação da República, em 1910, os bens da Igreja tornam-se património do Estado e muitas escolas e obras católicas são encerradas.
Em 1918 Luiza «recebe, na sua própria casa, cerca de cem meninas que ficaram órfãs por causa de uma epidemia», além de percorrer bairros onde proliferava a doença, levando auxílio material e espiritual.
Depois de participar na celebração da tomada de hábito religioso da irmã, Eugénia, Luiza percebe o chamamento de Deus e sai do convento com a «firme resolução» de entregar a sua vida à consagração divina.
Durante o seu processo de discernimento pensa fundar uma congregação para responder «às necessidades de evangelização e dar continuidade às obras sociais de educação e promoção humana».
A ordem religiosa surge a 15 de outubro de 1923, com a primeira comunidade que se reuniu na sua própria casa, em Santarém, casa-mãe da congregação.
O processo para a canonização da religiosa foi entregue pelas Servas de Nossa Senhora de Fátima a 3 de abril de 2000. O próximo passo, a beatificação, que antecede a declaração de santidade, requer a aprovação de um milagre obtido por intercessão de Luiza Andaluz.
A congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima tem comunidades em Portugal, Bélgica, Brasil, Luxemburgo e Guiné-Bissau, além de delegações em Angola e Moçambique.