171142562/Bigstock.com
O papa Francisco e a sua encíclica “Laudato si’”, sobre o cuidado da casa comum, datada de 24 de maio de 2015, inspiraram a criação da primeira incubadora de empresas “startup” que se distinguem pela proteção da natureza.
O “Laudato Si Challenge” (Desafio Laudato Si), ligado ao Vaticano, constitui um ninho para organismos empresariais emergentes e de elevado potencial que procuram acelerar o financiamento, aconselhamento e a procura de mercados para se expandirem.
A iniciativa privilegia a atuação em sete categorias essenciais para a salvaguarda do planeta: energia, alimentação, água, soluções urbanas, potencial humano, conservação e indústria e finança através de modelos menos invasivos do que os atuais.
«Apoiamos ativamente a justiça social ao procurar, financiar e incubar empresas que resolvem os maiores problemas do mundo», lê-se na página do projeto, que seleccionou nove companhias para o programa de “aceleração”, das mais de 300 de vários pontos do globo que se candidataram.
O plano partiu do novo dicastério (departamento) do Vaticano para o Desenvolvimento Humano Integral, dirigido pelo cardeal ganês Peter Turkson, com a ajuda de um empreendedor norte-americano, Eric Harr, que financiou a plataforma com um capital inicial de 85 mil euros.
Uma das prioridades da iniciativa, que é um exemplo de nova economia que o papa Francisco apoia, é a justiça social, bem como contribuir para alcançar o equilíbrio climático em 2030.
O projeto, acompanhado por quase três dezenas de mentores, «tornar-se-á um farol de novos negócios, inspirando uma nova geração de empreendedores a construir empresas com fins lucrativos» que respondam «aos maiores desafios da humanidade de formas que são benéficas para todos», refere a página.
A produção de alimentos baseada em arroz e farináceos provenientes dos desperdícios de algumas padarias, em sintonia com o conceito de economia circular, destinado a tornar-se um percurso obrigatório no futuro próximo, foi uma das ideias aprovadas.