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Papa Francisco elogia «resultados extraordinários» obtidos no Campo Arqueológico de Mértola

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Papa Francisco elogia «resultados extraordinários» obtidos no Campo Arqueológico de Mértola

O papa Francisco destacou esta terça-feira os «resultados extraordinários» conseguidos nas pesquisas realizadas «nos últimos anos» no Campo Arqueológico de Mértola, a quem foi atribuído a edição de 2015 do Prémio das Academias Pontifícias.

A declaração integra a mensagem que Francisco endereçou ao cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura e do Conselho de Coordenação entre Academias Pontifícias, que se reuniram a 10 de novembro, no Vaticano, para a sua 20.ª sessão pública.

O arqueólogo Cláudio Torres, fundador, há 40 anos, do Campo Arqueológico de Mértola, que continua a dirigir, afirmou que no local existem «muitos dados da civilização islâmica», assim como «uma enorme quantidade e variedade de batistérios e estruturas arquitetónicas» que marcam a história do século V ao VIII.

Citado pela agência Ecclesia, Cláudio Torres agradeceu o «reconhecimento» do Vaticano, que permitirá receber mais estudiosos, e revelou que os investigadores pesquisam atualmente a descoberta recente de «uma igrejinha do século VI que estava debaixo da mesquita e, por cima, de um templo romano».

Além da campanha arqueológica em Mértola, que tem como referente o professor Virgílio Lopes, responsável pelo Departamento de Estudos sobre a Romanização, o prémio foi concedido, “ex-aequo”, ao italiano Matteo Braconi, pela tese de doutoramento “O mosaico da abside da basílica de Santa Pudenziana em Roma – A história, os restauros, as interpretações”.

A distinção, atribuída pelo Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, é anualmente concedida a jovens estudantes, artistas ou instituições que «contribuíram de modo relevante, através dos seus estudos ou obras, nos vários âmbitos disciplinares em que operam as Academias, para promover o humanismo cristão e o desenvolvimento das ciências religiosas», refere a mensagem papal.

Francisco expressou aos cardeais, bispos, embaixadores, académicos presentes no encontro o anseio de que as sessões públicas «constituam sempre momentos de enriquecimento cultural e interior, de incitamento a um compromisso pessoal e comunitário cada vez mais fecundo e capaz de suscitar na Igreja o desejo de um renovado humanismo», à altura dos «desafios» da atualidade.

Este ano, a sessão pública, organizada pelas academias Romana de Arqueologia e “Cultorum Martyrum”, cujos objetos de investigação delimitaram o âmbito do prémio, foi dedicada ao tema das peregrinações nos primeiros séculos do cristianismo.

A peregrinação é um «elemento constitutivo» do Ano da Misericórdia, que se inicia a 8 de dezembro, acentuou o papa, que na mensagem transcreveu um excerto da bula “Misericordiae Vultus”, que proclama o Jubileu.

«A peregrinação é um sinal peculiar no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência. A vida é uma peregrinação e o ser humano é “viator", um peregrino que percorre uma estrada até à meta anelada. Também para chegar à Porta Santa, tanto em Roma como em cada um dos outros lugares, cada pessoa deverá fazer, segundo as próprias forças, uma peregrinação. Esta será sinal de que a própria misericórdia é uma meta a alcançar que exige empenho e sacrifício. Por isso, a peregrinação há de servir de estímulo à conversão: ao atravessar a Porta Santa, deixar-nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser misericordiosos com os outros como o Pai o é connosco», lê-se no fragmento da bula citado pelo papa.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 11.11.2015 | Atualizado em 20.04.2023

 

 

 
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Francisco expressou aos cardeais, bispos, embaixadores, académicos presentes no encontro o anseio de que as sessões públicas «constituam sempre momentos de enriquecimento cultural e interior, de incitamento a um compromisso pessoal e comunitário cada vez mais fecundo e capaz de suscitar na Igreja o desejo de um renovado humanismo», à altura dos «desafios» da atualidade
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