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O único livro

Imagem Os quatro evangelistas | C. 1625-1630 | Jacob Jordaens | Museu do Louvre, Paris, França

O único livro

Tive três educadores: a estrada, a escola, a Bíblia. No fim, a que contou mais foi a Bíblia. É o único livro que devemos ter. Duke Ellington (1879-1974) é uma figura mítica do jazz americano, vinda da estrada da Washington natal, formado depois numa escola que entretecia elementos da cultura musical afro-americana e que chegou aos “Sacred Concerts”. Sim, porque, como explicava na citação que proponho, a Bíblia era a estrela polar da sua humanidade e criatividade.

Talvez se possa dizer com alguma segurança que todos os nossos leitores possuem uma Bíblia. Mas isto ainda não é suficiente, porque é bem sabido que certos negócios de móveis incluem alguns metros de livros como decoração. A Bíblia não deve reduzir-se a um nobre objeto ornamental, mas deve ser lida e aprofundada dia a dia.

Há meio século que convivo com a Bíblia; e todavia devo confessar que, lendo os estudos dos meus colegas, descubro de cada vez uma nova acentuação, um aspeto inesperado, uma dimensão escondida. Mas mesmo isto não basta. A Bíblia autodefine-se frequentemente com imagens “ofensivas”: espada, fogo, luz, água, martelo, entre outras. Ou seja, ela deve incidir na vida, deve inquietar as consciências mortas, deve dirigir as nossas escolhas. Só assim ela «conta mais» para nós.

 

 

P. (Card.) Gianfranco Ravasi
In "Avvenire"
Trad.: Rui Jorge Martins
Publicado em 17.09.2015

 

 
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