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Não há «qualquer tipo de justificação» para a falta de habitação, afirma papa Francisco

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Não há «qualquer tipo de justificação» para a falta de habitação, afirma papa Francisco

Poucos minutos após o discurso ao Congresso dos EUA, em Washington, o papa encontrou-se com paroquianos da comunidade católica de S. Patrício e pessoas sem-abrigo, tendo afirmado que não há «qualquer tipo de justificação social, moral ou doutro género para aceitar a carência de habitação».

Na visita ao centro social paroquial, na capital norte-americana, Francisco lembrou que Cristo veio ao mundo «como uma pessoa que não tem casa», e por isso «sabe o que é começar a vida sem um teto».

«Como José, questionais-vos: Por que estamos sem um teto, sem uma casa? Mas tais perguntas, será bom que no-las ponhamos também todos nós: Por que estão sem casa estes nossos irmãos? Não têm um teto, porquê?», interrogou.

As perguntas do pai adotivo de Jesus «perduram até hoje, acompanhando todos aqueles que, ao longo da história, viveram e estão sem uma casa», acrescentou Francisco.

«É a fé que nos diz que Deus está convosco, que Deus está no meio de nós e a sua presença incita-nos à caridade; aquela caridade que nasce do apelo de um Deus que não cessa de bater à nossa porta, à porta de todos para nos convidar ao amor, à compaixão, a darmo-nos uns aos outros», assinalou.

A falta de habitação, e tantos outros problemas sociais, necessitam da fé e compaixão de quem pode ajudar, afirmou o papa, que citou as palavras bíblicas de Cristo: «Tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me».

«Jesus continua a bater às nossas portas, à nossa vida. Não o faz magicamente, nem o faz com truques, com vistosos placares ou fogos-de-artifício. Jesus continua a bater à nossa porta no rosto do irmão, no rosto do vizinho, no rosto de quem vive junto de nós», acrescentou.

Para Francisco, «uma das formas mais eficazes de ajuda» é a «oração», que desencadeia a solidariedade e impele a formas concretas de caridade.

«Na oração, todos aprendemos a dizer Pai, papá, pelo que nela nos encontramos como irmãos. Na oração, não há ricos e pobres; há filhos e irmãos. Na oração, não há pessoas de primeira classe ou segunda; há fraternidade», declarou.

É também na oração que o «coração encontra a força para não se tornar insensível, frio perante as situações de injustiça».

A terminar, Francisco deixou um pedido às pessoas presentes: «Não vos esqueçais de rezar por mim».


 

Rui Jorge Martins
Publicado em 27.09.2015 | Atualizado em 22.04.2023

 

 

 
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«Como José, questionais-vos: Por que estamos sem um teto, sem uma casa? Mas tais perguntas, será bom que no-las ponhamos também todos nós: Por que estão sem casa estes nossos irmãos? Não têm um teto, porquê?»
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