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Museu de São Roque assinala 110 anos com entradas gratuitas

Imagem Museu de S. Roque, Capela de S. João Batista, Lisboa | D.R.

Museu de São Roque assinala 110 anos com entradas gratuitas

O Museu de São Roque, em Lisboa, faz 110 anos este domingo, 11 de janeiro, aniversário que será assinalado com entrada gratuita e descontos até 40% na loja.

A programação inclui a exibição de um filme sobre os cem anos do museu (1905-2005), às 11h00 e às 15h00, que vai ser seguida de uma visita guiada, refere uma nota de imprensa enviada ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

«Um dos primeiros museus a serem criados em Portugal», o Museu de São Roque, hoje administrado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, «foi inaugurado em 1905 para expor o importante Tesouro da Capela de São João Batista, referência incontornável no estudo da arte europeia setecentista».

 

Exposição permanente
Texto: Museu de S. Roque

O primeiro núcleo expositivo evoca a história da Ermida de São Roque, apresentando obras diretamente ligadas a este antigo local.

Após a chegada dos padres da Companhia de Jesus a Lisboa, em 1540, foi o sítio de São Roque o preferido pelos jesuítas para a edificação da sua igreja e casa professa.

Apesar da antiga ermida ter sido demolida, o culto de São Roque foi mantido na atual igreja, que receberia o título de São Roque, tendo sido reservada no seu interior uma capela lateral dedicada ao santo protetor dos pestíferos.

Entre as obras expostas neste núcleo, destacam-se quatro tábuas ilustrativas da vida e lenda de São Roque, pintadas a óleo sobre madeira, que pertenceriam ao antigo retábulo da ermida. Atribuídas inicialmente a Jorge Leal e, mais recentemente, a Cristóvão de Utreque, e executadas cerca de 1520, cada uma destas quatro pinturas apresenta em simultâneo dois episódios da vida do santo. 

O núcleo dedicado à Companhia de Jesus, documenta os cerca de duzentos anos de permanência desta Ordem, em São Roque, abrindo com um conjunto de retratos de figuras que desempenharam, direta ou indiretamente, um papel de destaque na fundação desta casa jesuítica: Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, D. João III e D. Catarina de Áustria, os monarcas portugueses que promoveram a vinda dos jesuítas para Portugal, e São Francisco de Borja, Terceiro Geral da Ordem, apoiante ativo da construção da Casa Professa de São Roque. 

Este núcleo expositivo desenvolve-se ainda de acordo com uma lógica temática, encontrando-se subdividido em: “Iconografia e devoções da Ordem”, “Objetos de uso litúrgico e ornamentação da igreja”, “Devoção a Cristo - Paixão e Glorificação”, “A encarnação de Cristo e o culto à Virgem”, “Devoção a Cristo - Natividade e Infância”.

Na secção “Arte oriental” é evocada a chegada dos portugueses à Índia, em 1498, que abriu novos caminhos para a economia portuguesa e para a expansão missionária, o que teve repercussões significativas no plano cultural e artístico. O vasto mundo oriental, tornou-se um importante palco de acontecimentos que, do ponto de vista evangélico e cultural, colocaram a Companhia de Jesus em grande plano.

O discurso expositivo está organizado segundo uma lógica geográfica, pelo que as peças se encontram agrupadas pelas suas regiões de origem - Próximo Oriente, Índia, Japão e China.

Núcleo primordial para o museu, a Capela de São João Batista constitui um dos mais mediáticos empreendimentos do reinado de D. João V (1707-1750). Monarca interessado em apresentar a imagem de um Estado renovado e requintado, que em nada ficasse atrás das principais cortes europeias da época, D. João V promoveu um vasto programa de encomendas de obras de arte, entre os quais esta capela.

É neste contexto que deve ser perspetivada a encomenda da Capela de São João Batista, em 1742, a dois prestigiados arquitetos italianos, Luigi Vanvitelli e Nicola Salvi, a qual viria a ser construída, em Roma, entre 1742 e 1747, incluindo igualmente um conjunto de peças de culto em ourivesaria e paramentaria, que se afirmam como um singular testemunho de arte romana do século XVIII, sem paralelo mesmo na própria Itália.

O núcleo dedicado à Misericórdia de Lisboa, pretende dar a conhecer a História desta Instituição, expressa em objetos artísticos com valor histórico e simbólico.

Encontra-se também representada neste núcleo uma seleção de peças de elevada qualidade artística, em pintura, escultura e ourivesaria, resultantes de legados, doações e aquisições.



 

Edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 10.01.2015

 

 

 
Imagem Museu de S. Roque, Capela de S. João Batista, Lisboa | D.R.
Na secção “Arte oriental” é evocada a chegada dos portugueses à Índia, em 1498, que abriu novos caminhos para a economia portuguesa e para a expansão missionária, o que teve repercussões significativas no plano cultural e artístico
Núcleo primordial para o museu, a Capela de São João Batista constitui um dos mais mediáticos empreendimentos do reinado de D. João V
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