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Dicionário multimédia e tradução em 12 línguas do Padre António Vieira seguem-se à edição da “Obra completa”

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Dicionário multimédia e tradução em 12 línguas do Padre António Vieira seguem-se à edição da “Obra completa”

Uma seleção de textos do Padre António Vieira (1608-1697) vai ser traduzida em 12 línguas (inglês, francês, espanhol, italiano, russo, mandarim, japonês, árabe, polaco, alemão, holandês e búlgaro), a par do lançamento do “Dicionário Multimédia” sobre o pregador português.

Os projetos seguem-se à edição dos 30 volumes da “Obra completa” do sacerdote jesuíta, cuja conclusão é assinalada a 3 de dezembro, às 18h30 no Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa, anuncia uma nota enviada hoje ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

A sessão conta as intervenções de Eduardo Lourenço, Carlos Reis e Viriato Soromenho-Marques, e com a participação do ator Júlio Martin, que vai ler excertos da obra de Vieira, e da Orquestra Académica da Universidade de Lisboa.

As cerca de 15 mil páginas da coleção foram preparadas por uma equipa de meia centena de paleógrafos, latinistas, linguistas, filósofos, historiadores, teólogos, juristas, cientistas literários, entre especialistas de outras áreas do saber.

Os peritos levantaram, transcreveram, fixaram, atualizaram, traduziram e anotaram milhares de fólios manuscritos do pregador, e outros a ele atribuídos, espalhados por bibliotecas e arquivos portugueses e de vários países da Europa e do continente americano.

Publicada pelo Círculo de Leitores, a obra, com uma tiragem de 10 mil exemplares por volume, foi coordenada por José Eduardo Franco e Pedro Calafate, da Universidade de Lisboa, tendo contado com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa como mecenas principal.

«Foi possível colmatar uma grave lacuna da nossa cultura, disponibilizando ao grande público toda a obra do maior orador português de todos os tempos, cujos textos ainda revelam uma grande atualidade no plano da sua reflexão sobre os Direitos Humanos, a paz, o ecumenismo, a crítica à corrupção, o diagnóstico que faz aos problemas estruturais perenes de Portugal, as soluções que apresenta para tornar o nosso país mais empreendedor, assim como a sua crítica às instituições de bloqueio do nosso progresso, como o caso da Inquisição», sublinha a nota de imprensa.

Os últimos títulos da “Obra completa” são “Sermões e discursos vários” (coordenação de Fernando Cristóvão), “Escritos sobre os judeus e a Inquisição” (Guilherme d'Oliveira Martins, José Pedro Paiva, Joana Balsa Pinho) e “Poesia e teatro” (João Bortolanza).

O tomo I da coleção, dedicado à epistolografia, é composto por cinco volumes: divididos em cartas diplomáticas, missionárias, de Roma, de Lisboa e Baía, e políticas.

Os 15 volumes do segundo tomo (“Parenética”) têm os seguintes títulos: “Sermões do Advento e Natal”, “Sermões da Quaresma”, “Sermões da Quaresma e Semana Santa”, “Sermões da Páscoa e Pentecostes”, “Sermões Eucarísticos”, “Sermões de Nossa Senhora”, “Sermões do Rosário – Rosa Mística”, “Sermões dos Santos”, “Sermões de São Francisco Xavier”, “Sermões políticos”, “Sermões fúnebres” e “Sermões e discursos vários”.

“Profética” é o tema do tomo III, com “História do futuro”, “Defesa perante a Inquisição”, “Apologia das coisas profetizadas”, “Autos do processo da Inquisição” e “A chave dos profetas (dois volumes, divididos em três livros).

“Escritos Políticos”, “Escritos Sobre os judeus”, “Escritos Sobre os índios”, e “Poesia e Teatro” constituem os temas do tomo IV.

 

Rui Jorge Martins
Publicado em 24.11.2014 | Atualizado em 26.04.2023

 

 

 
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Foi possível colmatar uma grave lacuna da nossa cultura, disponibilizando ao grande público toda a obra do maior orador português de todos os tempos, cujos textos ainda revelam uma grande atualidade
Os últimos títulos da “Obra completa” são “Sermões e discursos vários” (coordenação de Fernando Cristóvão), “Escritos sobre os judeus e a Inquisição” (Guilherme d'Oliveira Martins, José Pedro Paiva, Joana Balsa Pinho) e “Poesia e teatro” (João Bortolanza)
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