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Cantos tradicionais da Natividade

Imagem Irmãos Le Nain (det.) | D.R.

Cantos tradicionais da Natividade

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura inicia hoje a apresentação de excertos de uma viagem ao universo dos «cantares ao Menino», tão característicos da cultura portuguesa.

Este itinerário é proposto na recriação de diversos compositores e na vocalidade própria dos cantores amadores que constituem o Grupo Vocal Discantus (Coro da Sociedade 1º de Maio de Tires – Cascais).

«Visitar as diversas tradições musicais portuguesas, desenvolvidas no contexto das festas da natividade cristã, é descobrir um Natal vincadamente diferente daquele que vemos representado na cena mediática. Nas tradições portuguesas, encontramos o que se poderia apelidar de «mística do sul». Os imaginários e as narrativas centram-se na figura do Menino Jesus, na Sagrada Família, nos Pastores e nos chamados Reis Magos», escreve Alfredo Teixeira, que dirige o Grupo Vocal Discantus.

«Esta figuração, materializada nos presépios, permite uma fácil identificação entre a história sagrada e a experiência social, e fornece o material simbólico para a celebração da vida, do futuro, da família e do mistério crente de um "Deus humanado", assinala o professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica.

Assim, «este traço particular do cristianismo, a humanização de Deus, favoreceu uma permanente aculturação, permitindo que as representações do divino facilmente se ancorassem na escala do humano – a "humanização do divino" favorece novas formas de aliança entre a história santa e o drama humano, da dor à alegria mais expressiva».

«Os cantos da Natividade dão corpo a uma cultura que olha a história e o cosmo como lugares de hospitalidade para Deus – o canto de embalo do Menino é talvez a figura mais eloquente», explica o compositor.

«Na espiritualidade destes cantos, narra-se a entrada de Deus na história humana, sem aparato, em silêncio, à margem da cidade, com protagonistas inesperados. Da linguagem do Deus absoluto, passamos à imagem do Deus frágil – o Natal transforma as linguagens sobre Deus. Na música da natividade, recolhida etnograficamente ou recriada por vários compositores portugueses, podemos encontrar alguma coisa deste Natal ao sul – miniatural, porque à escala do humano», conclui Alfredo Teixiera.

A gravação deste recital ocorreu a 14 de dezembro de 2014, na igreja matriz de S. Domingos de Rana, Cascais.



Eu hei de m'ir ao presépio
Elvas
Harm.: M. Sampayo Ribeiro



 

 

Nana, nana
Nogueira
Harm.: Joel Canhão



 

 

O Menino nas palhas
Tradicional
Harm.: Lopes Graça



 

 

Conto de Natal
Cardigos
Harm.: J. Croner de Vasconcelos



 

 

Meu Menino Jesus
Madeira
Harm.: J. Croner de Vasconcelos



 

 

Glória
Tradicional
Harm.: Maria de Lourdes Martins



 

 

Boas festas
Alvoco da Beira
Harm.: J. Croner de Vasconcelos



 

Mais informações sobre este recital

 

 

Edição: Rui Jorge Martins
Atualizado em 24.12.2014

 

 
Imagem Irmãos Le Nain (det.) | D.R.
Os cantos da Natividade dão corpo a uma cultura que olha a história e o cosmos como lugares de hospitalidade para Deus – o canto de embalo do Menino é talvez a figura mais eloquente
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