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«Alegria da Igreja» é «sair para procurar» quem está longe, aponta papa Francisco

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«Alegria da Igreja» é «sair para procurar» quem está longe, aponta papa Francisco

O papa Francisco vincou hoje, no Vaticano, que «a alegria de sair para procurar os irmãos e as irmãs que estão longe» é «a alegria da Igreja», que dessa forma se torna «mãe» e «fecunda».

A homilia da missa a que presidiu baseou-se no trecho do Evangelho proclamado nas missas desta terça-feira, em que Jesus apresenta a imagem do pastor que deixa as suas 99 ovelhas para ir à procura daquela que se perdeu, porque, afirma, é da vontade do Pai que nenhuma se perca.

«Quando a Igreja se fecha em si mesma, se fecha em si mesma, talvez esteja bem organizada, com um organigrama perfeito, tudo a postos, tudo limpo, mas falta alegria, falta festa, falta paz, e assim torna-se uma Igreja sem esperança, ansiosa, triste, uma Igreja que tem mais de solteirona do que de mãe, e esta Igreja não serve, é uma Igreja de museu», afirmou o papa, citado pela Rádio Vaticano.

Para Francisco, «a alegria da Igreja é dar à luz; a alegria da Igreja é sair de si mesma para dar vida; a alegria da Igreja é ir à procura daquelas ovelhas que se perderam; a alegria da Igreja é precisamente aquela ternura do pastor, a ternura da mãe».

A lógica de Deus não se centra na quantidade, no “rebanho” enquanto entidade genérica, mas na atenção a cada pessoa: «No Evangelho, aquele pastor que sai, que vai à procura daquela ovelha perdida, podia fazer as contas de um bom comerciante: “Há 99, se se perde uma não há problema; o balanço, entre ganhos e perdas... está tudo bem, podemos continuar assim”».

«Eu pergunto-me sobre qual seja a consolação da Igreja. Assim como quando uma pessoa é consolada quando sente a misericórdia e o perdão do Senhor, a Igreja faz festa, é feliz quando sai de si mesma», sublinhou.

A intervenção, que começou por acentuar que a única consolação que satisfaz é a que vem de Deus, e não as que são criadas pelo ser humano, terminou com uma oração: «O Senhor nos dê a graça de trabalhar, ser cristãos alegres na fecundidade da mãe Igreja, e nos guarde de cair na atitude desses cristãos tristes, impacientes, sem esperança, ansiosos, que têm tudo perfeito na Igreja mas que não têm “crianças”».

«Que o Senhor nos console com a consolação de uma Igreja mãe que sai de si mesma, e nos console com a consolação da ternura de Jesus e a sua misericórdia no perdão dos nossos pecados», concluiu.

O Advento, quatro semanas de preparação para o nascimento de Cristo e também de meditação na sua prometida última vinda, é espiritual e liturgicamente marcado pelo convite à conversão e à penitência.

 

Alessandro Gisotti / Rádio Vaticano
Trad. / edição: Rui Jorge Martins
Publicado em 09.12.2014 | Atualizado em 29.04.2023

 

 
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